terça-feira, 29 de março de 2011

“Dê-me febre, e posso curar todas as doenças”



      Há uns 4 dias mais ou menos meu filhote tem tido uma febrinha chata, daquelas que deixa os pequenos molinhos quando está instalada. Nesses momentos nossa força de vontade é sempre testada, ele quer carinho, aconchego e a companhia de quem ele mais confia: “papai e mamãe”.
Nessas horas o primeiro instinto de qualquer mãe é medicar certo? Bem, não o nosso! A febre é um sintoma do corpo que mostra que as coisas não estão bem, a temperatura sobe para acelerar o metabolismo dos vírus e para que assim eles morram logo. O pequeno fica sem fome e sem vontade de brincar por que o corpinho dele precisa dessa energia para se fortalecer e lutar contra a doença, a energia gasta durante a digestão é importante para fortalecer outros processos do sistema imunológico neste estágio.
Por isso antes de medicar seu filhote numa crise de febre pense: “Você está medicando por que realmente precisa? Ou por que foi simplesmente ensinada a fazer isso?”
     É verdade , pode ocorrer uma convulsão, mas se você não tiver casos de convulsão na família isso é muito raro de acontecer, além disso, convulsões graves só ocorrem em casos de febre muito alta (acima de 40º).
      Existem diversas alternativas à medicação, um banhinho mais frio, por exemplo, faz milagres! Além disso crianças mais velhas aceitam bem uma canja, pode ser a receita da vóvó mesmo, de preferência comidas bem levinhas e de fácil digestão. E sempre ofereça bastante água ao pequeno!!!
Se você resistir ao medicar vai se deparar cada vez com menos episódios de febre, e com uma criança cada vez mais fortalecida para lutar contra as diversas infecções da infância.
Lembrando que nada de radicalismos ok? A febre é um sinal de aviso, e como todo aviso deve ser tratada com atenção. Se a febre persistir por muito tempo é importante procurar um médico, principalmente se o seu filho está muito molinho.
        Lembro bem quando meu pequenino tinha por volta de dois aninhos e uma febrinha no final do ano veio com tudo que tinha direito: nariz escorrendo, muito dengo, tosse, cansaço... resistimos e não medicamos (tratamos com nebulização, banhinho frio e muito carinho) e eis que ao final da febre nos deparamos com um mulequinho tagarela como ele nunca havia sido. A pediatra explicou que pode ter sido o que alguns homeopatas chamam de febre de crescimento, episódios em que o corpo precisa processar “algo” e que depois do episódio sai muito mais fortalecido, me contou inclusive casos de crianças com problemas de fala que depois de uma catapora se “curaram” completamente. Na verdade o que ocorreu foi um amadurecimento da criança, que precisava de passar por aquele processo febril, ou de virose para se fortalecer. Depois deste episódio pessoal  passei a observar a febre com muito mais atenção e respeito, tratando ela como um processo natural do corpo e não como uma alteração deste, tendo muito mais atenção com o desconforto provocado pela febre do que com os números subindo no termômetro.
 
Para saber mais:

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