Minha subrinha mora no interior, e lá não tem banquinha de revista, nem livraria, nem parque, nem praça... o mais perto que eles chegam de um passeio cultural é uma ida à sorveteria, sinceramente, nada contra a cidade (exceto o fato de não ter livraria - dá arrepios só de pensar...) Mas o fato é que acabo comprando as revistas que minha subrinha quer ler. E claro! dou uma espiadela, meu tempo de adolescente já passou é verdade, mas de vez em quando é legal ler essas besteiras matérias. O fato é que comprei uma revista para minha subrinha, com o Robert Patinson e a Kirsten na capa, eles mesmo, o casal da Saga (ai ai) E claro, futuquei a revista toda, li daqui, dei risada de lá e já falei para minha subrinha que a revista vai cheia de anotações, acho que a tal revista tem MUITO apelo sexual, sei que os adolescentes não são mais bobinhos, mas péra aí neh? daí a ficar colocando detalhes de ... na revista já é demais, mas até aí nada que uma boa conversa não resolva!
Eis que nesta edição, do casal da Saga na capa, lá no final tem uma matéria sobre preconceito, beleza, achei que a revista ia se salvar, que ia fazer as meninas pensarem, lêdo engano. Depois de ler a matéria fiquei mais revoltada ainda.
A matéria falava sobre uma amiga de uma menina, que tinha seus 27 anos, e não queria trabalhar, que o sonho dela era casar e cuidar do marido e dos filhos, e ela não deveria ver isso com preconceito, afinal "A menina não estava incomodando ninguém" até aí beleza, mas chega um ponto que a autora fala que a tal menina com seu comportamento "antiquado" e blá blá blá...
Pronto Pirei! Antiquado pra quem???? Fala sério, se a tal autora já tivesse que cumprir carga tripla no trabalho e em casa talvez valorizasse mais a presença da mãe em casa, talvez se a autora e a nossa sociedade dessem mais valor ao ser que ao ter a nossa sociedade não estaria do jeito que está! É preciso que a nossa sociedade, e isso começa de dentro de casa (que irônia) dê mais valor ao projeto famíla, ou criar filhos decentes já não é trabalho grande o bastante? E deixa eu contar um segredo, filhos decentes se criam com presença dentro de casa, com amor, não com preconceito!!!!!
Nem precisava ser a mãe presente, o Pai também faz a diferença. Qual o roblema de uma mãe/pai quererem estar o tempo todo ativos na criação dos filhos? Isso é antiquado por acaso? Acredito que cada mulher/homem deva ter o seu direito de escolher, de perceber que gerir uma família é papel de suma importância em sua sociedade cada vez mais corrupta e desinformada, na qual a violência toma conta, uma violência que não vem mais das classes "pobres" vem daquelas em que o poder aquisitivo é cada vez maior, daquelas em que as mães ou os pais acharam que era mais fácil comprar um presente/ computador /carro e em momento algum pararam para se perguntar se o seu filho havia feito por merecer!!! Depois, algum tempo depois essas mesmas crianças serão traficantes de alto nível, ou irão atropelar mãe e filha, ou colocarão fogo num índio. Particularmente, acho que a nossa sociedade precisa sim de muitas mulheres com essa citada no texto, que dêem o verdadeiro valor a família, a criação de filhos e a presença materna na vida das crianças, talvez assim quem sabe no futuro tenhamos uma sociedade mais questionadora e menos alienada!!!!
Não estou denegrindo as mães que querem ou que precisam trabalhar fora. Elas trabalham, de um jeito ou de outro, por escolhas da vida delas. Mas daí a dizer que quem tem o sonho de trabalhar para a famíla (sim é um trabalho!!!) é antiquado?!! aí já é demais!!! A nota irônica é que a matéria quer justamente falar sobre pre conceitos. É, belos conceitos que esta revista vem colocando na cabeça dessas meninas, que nutir emocionalmente uma família, manter uma casa agradável e em perfeito funcionamento não é trabalho digno!
Com certeza essa revista vai junto com uma grande conversa que preciso ter com minha menina.
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