Imagine acordar um dia com uma criança berrando, é berrando mesmo, chorando para quem quiser ouvir, imagine seu filho vir até sua cama e perguntar:" Mãe, porque o pai dela não pega ela no colo?" Pois é, esta cena aterradora já aconteceu comigo, acordamos as 05:30 com uma menininha de um dos andares superiores ao nosso berrando e esta cena persistiu até (pasmem) as 07:00hrs!!! Aterrorizada ( claro! ) conversei com meu filho e acalmei ele, se é que isto era possiível. Outro dia um sábado, do mesmo apartamento ouvimos desta vez gritos de mulher, liguei para a portaria e o porteiro me informou que o marido havia chegado bêbado e devia ser por isso o quebra quebra! não aguentei, liguei para a polícia, e a minha ligação não deve ter sido a única por que os policiais chegaram e "acalmaram" a situação... O casal com os três filhos se mudou do prédio onde eu morava na época, mas ainda lembro principalmente da meniniha chorando, gritando e de toda a vizinhanca na janela espiando para ver o que acontecia. A nossa reação numa hora dessa por mais que a gente queira é de não se meter, afinal em "briga de marido e mulher ninguém mete a colher," mas está na hora de nós brasileiros começarmos a mudar de atitude. A violência dentro de casa afeta a todos que estão por perto.
Esta semana em comemoração ao dia das mães estamos participando de uma blogagem coletiva sobre violência contra a mulher, é uma ótima hora para homeagear Maria da Penha , uma brasielira, mãe, que depois de muita agressão dentro de casa , vive hoje numa cadeira de rodas. Mas o símbolo de sua luta ficará presente para toda uma geração que deveria e talvez a partir dela entenda que, quem está errado é o agressor. Mulher nenhuma, criança nenhuma deve ter vergonha de dizer que foi agerdida física , moral ou sexualmente.
As marcas de uma agressão física contra a mulher são muito mais profundas do que apenas uma perna roxa ou um braço quebrado, as marcas psicológicas ficam presentes ainda por um bom tempo...
Crianças que convivem com a violência dentro de casa geralmente desenvolvem transtornos de alimentação ou de comportamento, se tornam crianças agressivas e com dificuldade de interação com outras crianças e com baixa auto estima.
É um direito de toda criança e adolescente viver num lar que lhe seja digno, livre de violência física ou psicológica e é um dever do estado prover este direito. Mas como o estado brasileiro é falho em diversas dessas ocasiões é necessário que todos nós tomemos uma atitude!
Se vc sabe de algum caso de violência contra crianças e adolescentes faça uma denúncia, se vc sabe de algum caso de violência contra a mulher denuncie também!!! Mostre que você não é conivente com este tipo de situação.
Para saber mais como a violência doméstica afeta nossas crianças clique aqui
Lembre se sempre dos sinais de abuso:
- Agressividade desmotivada;
- Imposição de uma relação baseada no medo e domínio;
- Excesso de ligações, emails, SMS, cartas.
- Revisão constante de emails, páginas de sites de relacionamento, das ligações feitas e recebidas, dos SMSs recebidos, dos contatos da vítima;
- Controle excessivo do que a vítima veste, dos acessórios que usa, chegando a obrigá-la a trocar-se sempre que o agressor julgar necessário;
- Obriga a vítima a cortar contato com determinadas pessoas ou com todos seus amigos e parentes;
- Culpa a vítima pelo seu comportamento agressivo e pelas agressões desferidas;
- Chuta, empurra, intimida, pressiona e bate em você sem motivo.
- Ameaça matar você e se suicidar depois, caso o relacionamento termine.
Pode discar 100 mesmo se a violência não for de cunho sexual, violência física ou psicológica tamém valem para este numero ok?
Concordo com tudo isso! A violência não leva a nada, e numa família afeta a todos.
ResponderExcluirMas acho meio hipócrita centralizar a violência somente a mulher (ou mãe). Há inúmeros casos de violência da mulher contra o homem por motivos que não valem a pena citar mas de qualquer forma é violência. E como a sociedade vê isso? Nem enxerga, pois o homem sempre é o violentador.
Mas enfim, puxei um assunto muito critico.
Quanto a violência infantil, é covardia!
Pessoas assim precisam de tratamento psicológico.